Câmara vota só um projeto em sessão pós-feriado

Eram seis projetos na pauta de votações para a sessão ordinária desta quinta-feira, dia 17, mas apenas a inclusão do “Dia do Evangelho no Lar” no calendário de eventos do município foi votado e aprovado. As deliberações da Ordem do Dia começaram às 15h15 e foram concluídas às 15h33. Dois projetos, um de lei e o outro de lei complementar, foram prejudicados pela ausência do autor, que é o presidente da Casa, Fábio Marcondes (PR), e por isso não foram votados. O mesmo ocorreu como um projeto de lei de autoria do vereador José Carlos Marinho (PSB). No momento da votação da proposta, o parlamentar estava ausente do Plenário.

A pauta vazia e a falta de produtividade geraram protestos por parte dos vereadores de oposição e até governistas. “Temos mais de cem vetos na fila. O presidente precisa colocar isso em votação, caso contrário, teremos de realizar extraordinárias para dar conta dessa demanada”, disse Jorge Menezes (PTB).

As pautas enxutas das últimas três sessões também foram criticadas pelos vereadores Jean Charles (PMDB), Renato Pupo (PSD), Celi Regina (PT) e Marco Rillo (PT). A avaliação dos parlamentares é de que as denúncias contra Marcondes, que é investigado por captação de sufrágio (compra de votos), abuso do poder econômico (caixa dois) e corrupção eleitoral – crimes que teriam sido cometidos nas eleições deste ano – estão prejudicando o andamento da Casa. Marcondes faltou em duas das quatro últimas sessões na Casa.

Nos bastidores, vereadores governistas e de oposição já avaliam que o chefe do Legislativo deveria, pelo menos, pedir afastamento da Presidência. “Acho que ele está sendo orientado pelo advogado a não se afastar para não demonstrar que foi abalado pela investigação”, disse um vereador na condição de anonimato. A Câmara de Rio Preto votou 15 projetos nos últimos 20 dias e nenhuma questão polêmica.

Arquivado

Após um empate em 7 votos para cada lado, a Câmara de Rio Preto arquivou requerimento do vereador Marco Rillo (PT) que previa a convocação do secretário de Meio Ambiente, Clinger Gagliardi. De acordo com o Regimento da Câmara, é necessária a maioria absoluta (9 votos) para a aprovação de convocações.

A intenção do vereador de oposição era sabatinar o secretário sobre a fiscalização do cumprimento da lei do silêncio, com base em denúncias de que um bar e casa noturna sertaneja no bairro Dom Lafayete – zona norte de Rio Preto – estaria perturbando o sossego da vizinhança.

As sessões ordinárias normalmente são realizadas às terças-feiras, mas a desta semana ocorreu na quinta por conta do feriado de Proclamação da República.