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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 24 de maio

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Pesquisas

Em tempos de tecnologia e dedos rápidos no gatilho que, sem pensar em consequências, compartilham de tudo o que rola nas redes sociais, era previsível que mais cedo ou mais tarde alguém ia escorregar e fazer o que não devia. Sob os olhos de todos, e julgamentos de muitos, a vez do PSB chegou. A semana foi marcada pela divulgação, nas redes sociais, da íntegra de uma pesquisa interna do partido. Intenção de votos, rejeição de candidatos, comparativos com pesquisas anteriores, temas a serem abordados e muito mais estavam lá para quem quisesse ver e até analisar.

O começo

Tudo começou com o pré-candidato a vereador Abner Tofanelli (PSB). Em um vídeo no Instagram, ele mostrou, em um frame, o resultado da pesquisa de intenção de votos. A passagem é rápida, mas tudo se resolve com um print e então os números vem à tona. Apesar de não ser bobagem, poderia até ser passar despercebido, se não fosse membros do partido divulgarem os arquivos do levantamento em um grupo de WhatsApp. A pesquisa não está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, por isso, não poderia ter “vazado”.

Vilão

A divulgação caiu na conta de Jabis Busqueti, assessor do deputado estadual Valdomiro Lopes (PSB), que negou ter feito o compartilhamento público, à princípio. Depois que o Jornal Gazeta de Rio Preto publicou o print de tela que provava a divulgação, não teve jeito. O ex-vereador teve que assumir a derrapada e acabou sendo o único culpado. No entanto, outros prints mostram que ele não foi o primeiro, mas ganhou destaque por ser um veterano no jogo e ter dado uma escorregada amadora, digna de principiante.

Na mira do MP

A partir dos prints, o Ministério Público (MP) abriu investigação para apurar a divulgação. O objetivo é identificar quem contratou o levantamento, o valor e a origem dos recursos, a metodologia usada, o período de realização dos questionários, a amostragem com ponderação da qualificação dos entrevistados, entre outras obrigações necessárias para uma pesquisa eleitoral. O promotor José Marcio Rossetto Leite está como responsável pelo caso.

Consequências

Ao assumir que divulgou a pesquisa, Jabis Busqueti afirmou que não sabia que grupo de WhatsApp era considerado rede social e que vai pedir ao MP que quebre o sigilo do tal grupo, já que as mensagens são apagadas automaticamente em 24h, para identificar quais os demais membros que também fizeram a publicação. A multa para quem desrespeita a legislação eleitoral pode chegar a R$ 106,4 mil. Até agora, ninguém assumiu que também publicou a pesquisa, mas o prejuízo pode não ficar só para o bolso do atual assessor de Valdomiro.

Pressão

Enquanto membros dizem que o grupo é privado e que não deveria acontecer este tipo de coisa, outros preferem especular. Pelas conversas, a culpa acabou caindo no Itamar Borges (MDB). Disseram até que o pré-candidato a prefeito, rival direto de Valdomiro, está “pagando gente para monitorar os grupos de WhatsApp e judicializar tudo” o que acontece. Outros preferiram manter a calma e aguardar as apurações, não descartando as opções. Teve até uma tentativa de “pressão psicológica” dizendo que é possível saber quem printou as telas e enviou para o MP.

Salada mista

A verdade é que o grupo é formado por membros de diversos partidos e ideologias. Um dos administradores, por exemplo, é Fabiano de Jesus, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Municipal (Atem) e pré-candidato a vereador pelo PSOL. Como membro, é possível encontrar Gabriel Lima, ex-presidente municipal do Rede, e Silvio Lisboa, assessor de Valdomiro Lopes. Também há diversos pré-candidatos a vereador de partidos como o União Brasil, PL, Republicanos e muito mais.

Tour pelo interior

Depois de ter tido alta médica, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que vai visitar o interior de São Paulo, mas Rio Preto não aparece na lista. A turnê inclui cidades como Ribeirão Preto, Rio Claro, Campinas, Jundiaí, São Bernardo do Campo e Guarulhos. O propósito é unir a arrecadação de donativos para as vítimas da enchente do Rio Grande do Sul e, lógico, angariar votos para membros do partido que vão disputar as prefeituras destas cidades. Fábio Cândido parece não estar entre os favoritos do capitão.

Ele é?

Na última quarta-feira (22), Bolsonaro compareceu no evento de lançamento do livro “Amazônia, a maldição das Tordesilhas: 500 anos de cobiça internacional”, de Aldo Rebelo (MDB). A sessão de autógrafos do secretário de Relações Internacionais da capital paulista foi realizada e uma livraria, em Brasília. Rio-pretenses que estavam no evento aproveitaram para questionar Bolsonaro sobre a vinda a Rio Preto para declarar apoio a Fábio Cândido. Tamanha foi a surpresa deles ao receber como resposta do ex-presidente: “E ele é candidato?”.

Coincidência

Coincidência, ou não, pouco antes Fábio Cândido esteve em uma reunião com o ex-presidente e outras lideranças do partido. Ele diz que é o pré-candidato a prefeito de Bolsonaro em Rio Preto. O encontro contou ainda com a participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). A situação toda dá um ânimo para os rumores de que o comandante do CPI-5 pode ficar de fora do PL nas próximas eleições. Há quem diga que o partido de Rio Preto, agora presidido por Fábio Marcondes, ainda tenta o cargo de vice na chapa do MDB de Itamar Borges.

Tique-Taque

Está chegando o dia 5 de junho, quando os políticos que querem disputar a eleição majoritária devem deixar seus cargos comissionados. O prazo é essencial para Fábio Cândido, que pretende disputar para prefeito pelo PL, Fábio Marcondes, cotado como vice-prefeito pelo PL, e Orlando Bolçone (União Brasil), que sempre deixou o nome à disposição. Bolçone, atual vice-prefeito, já declarou mais de uma vez que tem interesse em disputar uma nova eleição e que o nome dele “nunca saiu de cima da mesa”.

Religiosas

Um evento promovido pela igreja Cabana Church reuniu cerca de 3 mil mulheres no Centro Regional de Eventos, no sábado (18). Era para ter sido apenas um culto voltado ao público feminino, mas acabou que virou vitrine política. Pelo palco, passaram a vereadora Karina Caroline (Podemos), o prefeito Edinho Araújo (MDB) e o pré-candidato a prefeito Itamar Borges. Na plateia, foi possível ver Fábio Marcondes e Fábio Cândido, além da secretária estadual de Esporte, Helena Reis. Dizem que o homem de bigode ficou boa parte do tempo de conversa de pé de orelha com a apoiadora Helena.

Bispado

Marco Rillo (PT) foi visitar o bispo dom Antônio Emídio Vilar e ganhou um livro do Papa Francisco, na última terça-feira (21). O ex-vereador é católico praticante e apresentou ao religioso a trajetória de vida familiar, pessoal e política, além de um esboço do programa de governo que pretende defender nas eleições. Junto do bispo estava o padre Luiz Caputo, da paróquia São Judas Tadeu. Rillo disse a conversa foi principalmente sobre assistência social, saúde e educação e que recebeu e acatou sugestões para o terceiro setor. Como era de se esperar, sem fotos.

 

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