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Sequestro no Macedo Telles era ligado a dívida de R$ 600 mil, afirma Deic

Polícia desmonta esquema que envolvia extorsão, resgate armado e execução

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Reprodução/ cedido ao Gazeta de Rio Preto

A 3ª Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) do Deinter-5 esclareceu o homicídio ocorrido no dia 6 de outubro deste ano, durante um sequestro em frente a um condomínio de apartamentos, no bairro Macedo Telles, na zona norte de Rio Preto.

O caso foi descoberto durante as investigações que resultaram na deflagração da operação “Falso e Real”, para prender integrantes de uma quadrilha especializada no “golpe do falso sequestro”, a ação teve o apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE), do Setor de Combate ao Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (SECCOLD), do GOE de Santo André e da Polícia Civil do Pará.

Os mandados de prisão temporária e busca domiciliar foram cumpridos na última quarta-feira (3/12) em Mirassol (SP), Santo André (SP) e Salinópolis (PA).

Quadrilha do falso sequestro e disputa interna por dinheiro

De acordo com as investigações, A. L. S. S., A. J. e T. M. S. integravam uma organização criminosa que aplicava o “falso sequestro” na capital paulista. A Polícia Civil apurou que A. L. S. S. teria desviado parte do dinheiro obtido pelo grupo – cerca de R$ 600 mil –, provocando uma ruptura entre os comparsas.

Com o objetivo de pressionar A. L. a devolver os valores, A. J. e T. M. alugaram um veículo em São Paulo e viajaram até Rio Preto, onde sequestraram a mãe, de 48 anos, e a irmã, de 27, de A. L., identificadas como W. S. O. e J. T. S. Ambas foram mantidas reféns sob ameaça de morte.

Confronto armado e morte em Rio Preto

A. L., que estaria escondido na região Norte do país, orientou os sequestradores a irem até um condomínio onde mantinha um apartamento – na ocasião, no bairro Macedo Telles. Em vez de comunicar a polícia, ele pediu ajuda ao amigo F. G. S. F., morador de Mirassol, que decidiu intervir por conta própria. Armado, F. G. chamou J. G. A. A. para acompanhá-lo.

Os envolvidos se dirigiram ao imóvel onde ocorreu uma troca de tiros. O sequestrador T. M. foi baleado e morreu no local. Já J. G. também foi atingido e precisou ser hospitalizado. Inicialmente tratado como um caso de homicídio, o episódio passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios, que identificou o contexto mais amplo envolvendo extorsão mediante sequestro.

Prisões e foragido

Após a coleta de provas, a Polícia Civil pediu a prisão temporária dos envolvidos e o cumprimento de buscas. A. L. S. S. foi localizado no Pará e preso pela Delegacia de Salinópolis. A. J. foi capturado pelo GOE da Delegacia Seccional de Santo André. F. G. S. F. permanece foragido.

Compromisso investigativo

Segundo a Polícia Civil, a operação “Falso e Real” reforça o empenho do Deinter-5, localizado em Rio Preto, em esclarecer crimes complexos envolvendo homicídio e extorsão mediante sequestro, garantindo que todos os autores sejam responsabilizados.

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(Polícia Civil)

(A cópia e reprodução desta reportagem não está autorizada pela autora). 

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