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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 5 de dezembro

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Derrota

Depois de faltarem na reunião convocada pelas comissões de Cidadania, do Idoso e da Criança e do Adolescente, que foi realizada na sexta-feira (28), o governo do prefeito Fábio Candido (PL) entrou em crise e acabou perdendo mais uma. O Chefe de Gabinete, Rodrigo Carmona, nem tinha se manifestado sobre participar. Já o secretário do Planejamento, Mauro Alves, chegou a dizer que ia, mas não foi.

Talvez a maior

Os secretários apresentaram recurso para não comparecer, argumentando que as comissões não têm a prerrogativa de convocar secretários. Daí a coisa ficou feia de verdade. De um lado, os presidentes das comissões, João Paulo Rillo (PT), Renato Pupo (Avante) e Pedro Roberto (Republicanos) não gostaram. De outro lado, o procurador legislativo comissionado da Câmara deu parecer pela legalidade do recurso.

Correria

Ao trazer à tona que o parecer pela legalidade do recurso foi assinado pelo procurador Thiago Zuge, Rillo também mostrou uma procuração na qual o advogado representa Rodrigo Carmona em um processo. Trata-se de um documento apresentado na Justiça Eleitoral, em 16 de agosto do ano passado, assinado pelo próprio Carmona. Odélio Chaves (Podemos) foi o primeiro a falar em suspeição e Conselho de Ética da OAB.

Ameaça

Não contente com um documento que poderia acabar com a discussão rapidamente, Rillo continuou. Ele apontou que há vereador corrupto na Câmara, levantando questões de patrimônio pessoal e de familiares. Em um discurso muito bem elaborado, Rillo pediu que fizessem denúncia contra ele no Conselho de Ética da Casa e que cassassem o mandato dele. “Façam isso e no dia seguinte estarei no Gaeco com provas”, afirmou.

Deu ruim

Rillo fez uma jogada perigosa. Não citou nomes, mas deixou claro que, entre os 23 vereadores, tem quem pode estar prestes a enfrentar sérios problemas com a Justiça. Como não poderia ser diferente, houve reação. Logo depois que o petista deixou a tribuna, Alexandre Montenegro (PL) foi ler o relatório final da CPI de Furtos de Fios. Terminada a leitura, por volta de 11h, a sessão foi suspensa por falta de quórum.

Evidente

Seria uma hora a mais de almoço, se não fosse o alvoroço causado por Rillo. Provavelmente, foram as três horas de intervalo mais longas deste ano para Executivo e Legislativo. Quando voltaram, já às 14h para a votação do tal Projeto de Resolução, o clima era outro e visivelmente mais tenso que na parte da manhã. Os vereadores se organizaram para votar os projetos “menos importantes” primeiro.

Câmara ganhou

O presidente Luciano Julião (PL) suspendeu a sessão por cinco minutos. A rápida pausa se transformou em uma longa espera de quase 50 minutos. Ao voltarem para o plenário, foi anunciado o recuo do governo. No acordo anunciado por Julião, os vereadores aprovariam o adiamento da votação do projeto de Resolução por dez sessões e, em contrapartida, Mauro Alves compareceria na Câmara na próxima semana.

Ganha-ganha

O acordo anunciado por Julião ainda trazia alguns desmembramentos futuros. Depois que Mauro Alves mostrasse o cronograma de pagamento das emendas impositivas encravadas, o recurso dele e de Carmona seria retirado e, consequentemente, o projeto seria arquivado. Já as comissões se comprometeriam a cancelar a convocação dos secretários. Ou seja, passariam uma borracha nos últimos capítulos.

Ficou assim

Rillo, Pupo e Pedro concordaram com o adiamento. Também na oposição, Jean Dornelas (MDB) fez questão de também ter a coautoria do pedido e causou uma situação no plenário que até seria cômica, se não fosse pelo climão instalado por ali naquele momento. Passado o pedido de vista, eis que Rillo coloca em pratos limpos as condições das comissões. Desta vez, sem grandes surpresas, apenas a estratégia de esperar.

Andamentos

Rillo afirmou que não vai tirar as convocações. O petista quer, primeiro, ouvir o secretário de Planejamento e esperar a retirada do recurso, para só depois cumprir a parte que lhe cabe do acordo. Já no final da sessão, na tribuna, Rillo revelou que só queria perguntar ao Carmona sobre a previsão de pagamento das emendas impositivas ter sido apresentada somente aos vereadores da base aliada. Estava mais fácil de resolver do que parecia.

Deixa disso

A sessão, por mais que tenha sido relativamente mais curta que todas as demais, foi cercada de tensões e sustos sem precedentes. Em um destes momentos, Bruno Moura (Podemos) pediu para que Rillo se desculpasse por ter falado que existe vereador corrupto. O petista, é claro, se recusou e ainda afirmou que vai entregar o que tem para o Ministério Público, além de prometer que vai cavoucar sobre outras “cositas más”.

Avaliação

Paulo Pauléra (Progressistas) aproveitou o momento de fala para dizer que “o governo não ganhou e a Câmara não perdeu”. O decano defendeu que Executivo e Legislativo chegaram a um acordo bom para ambas as partes. No entanto, Pauléra não deixou barato para os vereadores. “Tem que cumprir o acordo. Precisamos fazer mais isso, dialogar. Precisamos deixar de atacar um ao outro ou isso aqui vira uma casa de gladiadores”.

Desabafo

Pauléra também não deixou barato para o Executivo. Ao comentar a situação sem precedentes na Câmara, o vereador ainda falou sobre a própria situação. “Olhem o que eu passei e estou passando. Não tenho que provar nada a ninguém. Não vendo e não troco minha vida política, familiar e particular por nada. Está faltando cumprir com acordos. Está realmente difícil isso”, esbravejou.

Assinaturas

A situação que Pauléra se referia é uma que pode ser classificada, no mínimo, como insólita. Corre pelos corredores que o prefeito impôs algumas condições para nomear o decano da Câmara como secretário de Serviços Gerais. Entre as ordens a serem cumpridas pelo suposto soldado de 2ª classe Pauléra, deveria haver um rompimento público com o deputado federal Fausto Pinato (Progressistas), que representa a região.

Não apenas isso

O quase soldado de 2ª classe Pauléra ainda recebeu a missão de conversar com os vereadores e recolher assinaturas daqueles que concordam com a nomeação dele para a Secretaria de Serviços Gerais, sem comando permanente há quase seis meses, desde que José Heitor dos Santos deixou o posto. A princípio, Pinato não entrou na treta dos dois. Depois, afirmou que está pensando em montar um escritório em Rio Preto para somar na oposição.

Caso antigo

Não é de hoje que Pinato tem suas diferenças com o prefeito-coronel. Ainda na época da campanha, o deputado esteve em Rio Preto várias vezes e não cansou de estar ao lado do oponente de Fábio Candido nas urnas, o deputado estadual Itamar Borges (MDB). Em determinado momento da corrida, Pinato chegou a esbravejar contra o então candidato Fábio Candido, dizendo que “política não é quartel”.

No mais…

O ex-vereador Márcio Larranhaga deixou o cargo que ocupava há dez meses no Arquivo Público e desembarcou na Secretaria de Desenvolvimento Social como assessor. Ele foi candidato novamente a vereador nas últimas eleições pelo Novo, mas não conseguiu se eleger. A nomeação dele é mais uma prova de que o Novo continua no governo, independentemente de comando permanente no partido na cidade.

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