Cidades
Segurança que matou Geovani em briga de bar é preso pela PM
Keven Igor Silveira de Novaes foi encontrado na casa do pai; mandado de prisão preventiva foi cumprido nesta quinta-feira (4/12), quase 40 dias após o crime
A Polícia Militar prendeu, na manhã desta quinta-feira (4/12), em Planalto, cidade a aproximadamente 60 km de Rio Preto, o segurança particular Keven Igor Silveira de Novaes, de 26 anos, acusado de matar o empresário Geovani Svolkin da Silva, 30, durante uma briga generalizada em frente ao bar Resenha, na Vila Bom Jesus, em Rio Preto. Keven estava foragido há quase 40 dias e foi localizado na casa do pai, que também será indiciado. Após a prisão, foi levado ao Plantão Policial de José Bonifácio.
Segundo informações confirmadas pela PM ao Gazeta, os militares fizeram campana para conferir se o investigado estava no imóvel e cumpriram o mandado de prisão preventiva expedido pelo 1º Distrito Policial de Rio Preto. Keven teria sido encontrado escondido na parte superior da casa, entre o forro e o telhado.
O crime aconteceu em 26 de outubro, após uma discussão que, segundo depoimentos, teve início por ciúmes e ganhou proporções maiores quando Geovani tentou intervir em defesa do irmão, que atingiu o segurança com uma voadora quando o homem e a família se retiravam do estabelecimento. A Polícia Civil aponta que Keven, que atuava em eventos e casas noturnas, efetuou dois disparos: um no braço da vítima e o outro, nas costas.
A investigação sobre a morte de Geovani teve uma reviravolta após o Instituto de Criminalística (IC) concluir que os tiros que o atingiram partiram por trás. O novo documento técnico contrasta com o laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML). A análise necroscópica indicava que os disparos teriam sido feitos de frente para a vítima, transpassando o braço (que Geovani colocou à frente do corpo) e acertando o peito.
A diferença entre os resultados, porém, se explica pelo contexto em que cada perícia foi realizada. O exame do IML ocorreu horas depois da morte, quando os ferimentos já apresentavam alterações naturais. Já o documento do IC baseou-se na avaliação direta da cena, incluindo registros em vídeo e análise das lesões ainda visíveis quando o corpo foi encontrado.
Ao Gazeta de Rio Preto, por meio de seu advogado, Dr. Renato Marão, Keven disse que “nunca atiraria em ninguém pelas costas”. Marão afirma que seu cliente agiu em legítima defesa de terceiros porque seus pais estavam sendo agredidos.
Com os laudos apontando cenários distintos, o inquérito passou a reunir novas peças para reconstruir o caso. Entre elas estão as imagens completas coletadas no local e novos depoimentos de testemunhas que acompanharam a briga.
O Ministério Público defendeu que a apuração seja ampliada e solicitou um laudo complementar, que considere todas as divergências existentes, além dos vídeos anexados. A Justiça acatou o pedido e concedeu 90 dias extras para que a Polícia Civil finalize o inquérito e esclareça definitivamente como ocorreu o assassinato.
(Mais informações em breve).
(Atualizada às 13h09).
(A cópia e reprodução desta reportagem não está autorizada pela autora).
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