“Ele era uma pessoa espetacular”, diz cunhado de trabalhador

Dilacerado por perder uma das pessoas mais especiais de sua vida, Robson Holanda da Silveira, cunhado de Adriano Itamura — vítima fatal da explosão que atingiu a fábrica de móveis Gélius, na última quarta-feira (3/12), em Mirassol — falou ao Gazeta de Rio Preto sobre quem era seu grande amigo Japa, como Adriano era carinhosamente chamado.

“Uma pessoa espetacular! Nunca ouvi ele falar mal de ninguém. O conheci com oito anos de idade, acho que fui o primeiro filho dele, ele fez tudo por mim! Casou com a minha irmã, teve uma filha linda, foi um homem muito bom com a nossa família. Não vou dizer que hoje vou enterrá-lo, vou dizer que vou guardá-lo. E quero guardá-lo em paz. Quero dar uma cerimônia digna a ele, sem estresse, sem holofotes”, emocionou-se.

Adriano Itamura sofreu múltiplas fraturas, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros com vida, mas não resistiu. Outros dois funcionários sofreram ferimentos leves e uma quarta pessoa foi atendida por crise nervosa.

A explosão ocorreu em um silo de contenção de serragem localizado na área externa da indústria moveleira. A detonação provocou um incêndio rapidamente percebido pelos funcionários, que iniciaram o combate às chamas antes da chegada das equipes de emergência.

O Corpo de Bombeiros chegou ao local cerca de oito minutos após o chamado, com seis viaturas e 14 militares. Uma equipe avançada do GRAU, com dois médicos e dois enfermeiros, também participou do atendimento.

Embora a empresa esteja com os alvarás regularizados, segundo informou o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil deve investigar as causas da explosão, se houve erro técnico ou humano e se os funcionários utilizavam os equipamentos obrigatórios de segurança.

O corpo de “Japa” será velado e sepultado nesta quinta-feira (4/12), a partir das 13h, na Capela do Cemitério Municipal. O enterro será às 17h, no Memorial Prever (cemitério particular) em Mirassol.

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