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Ação transforma em réus 10 envolvidos no escândalo da Área Azul

Promotor de justiça Cláudio Santos de Moraes entra com ação de improbidade administrativa e pede a devolução de R$ 79 mil aos cofres públicos

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Dez envolvidos nos recentes escândalos da Emurb, relacionados ao projeto de implantação de um sistema de cobrança digital da Área Azul, se tornaram alvo de ação civil de improbidade administrativa. Na tarde desta quinta-feira, dia 3, o promotor de justiça Cláudio Santos de Moraes entrou com pedido, que será julgado pelo juiz da 1ª Vara da Justiça Federal, Adilson Araki Ribeiro. Serão réus na ação gestores e ex-gestores da Emurb, e empresas respectivos responsáveis, envolvidos na licitação e para desenvolvimento e compra do aplicativo que seria utilizado na cobrança digital pelo estacionamento rotativo.

As partes citadas na ação são a Marbell Teleinformática, a Innovare Cartuchos e Suprimentos para informática, que venceu a licitação para implantação do sistema, a ex-presidente da Emurb Vânia Pelegrini Bucater, o ex-presidente da Comissão de Licitações Ubiratan Silveira Garcia, o empresário Wagner Rodolfo Costa, dono da Innovare, Roberta Nunes Ferreira Costa, então servidora comissionada da Emurb e que contava como sócia da Innovare, Roberto Carlos Ferreira Da Silva, Fany Cristina Warick, Fany Cristina Warik ME, Liszleila Reis Abdala Matingo, respectivamente mulher e irmã, do ex-secretário de Desenvolvimento Liszt Abdala.

O valor da ação proposta pelo promotor Cláudio Santos de Moraes é de R$ 79 mil, que deverão ser devolvidos aos cofres públicos. Se condenados, os envolvidos no caso também ficarão impedidos de fazer qualquer tipo de contrato com o Poder Público.

Entenda o caso

No final de dezembro do ano passado a Câmara aprovou a liberação de um aporte financeiro de R$ 350 mil para serem investidos no desenvolvimento e instalação do programa digital para a Área Azul de Rio Preto. Já no primeiro dia de funcionamento, em janeiro, o aplicativo apresentou problemas e a cobrança teve de ser feita no formato utilizado até então, com a compra de um cartão de papel.

No dia seguinte, surgiu a informação de que Roberta Nunes Ferreira Costa, funcionária comissionada da Emurb, era também sócia da empresa que venceu a licitação para desenvolver o programa. A servidora foi exonerada imediatamente e o contrato rompido. No dia 5 do mesmo mês, Vânia Pelegrini entregou ao prefeito Edinho Araújo uma carta onde “pedia demissão” do cargo. O prefeito aceitou o pedido e nomeou Ângelo Bevilacqua, secretário da Fazenda de Rio Preto para assumir a direção da empresa. Ele comandou uma auditoria que comprovou fraudes na licitação vencida pela Innovare, citando a existência de “erros grosseiros” no processo.

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