Política
Tarcísio defende punição para quem infringiu normas de condutas em investigações
Declaração foi dada após a Corregedoria da Polícia de São Paulo iniciar a apuração de suposto vazamento de informações em caso de Alexandre de Moraes
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu a aplicação de penas para quem infringiu as normas de conduta da Polícia Civil. A declaração dele foi dada durante um evento para entrega de moradias populares em Rio Preto, nesta sexta-feira (16).
Na última quinta-feira (15), a Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo instaurou um procedimento para investigar o suposto vazamento de informações da corporação para um policial militar que teria auxiliado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a obter informações sigilosas da corporação. O pedido, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, teria partido da equipe do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A reportagem mostra que o PM Wellington Macedo, que atua dentro do STF, requereu informalmente, por meio de mensagens no WhatsApp, que a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), vinculada ao TSE, apurasse fatos relacionados à segurança de Moraes e de seus familiares, como ameaças enviadas para números ligados ao ministro, vazamento de dados pessoais, informações sobre prestadores de serviços que trabalhavam na casa de Moraes e ameaças contra ele publicadas nas redes
O jornal afirma que, em ao menos um caso, o então chefe da assessoria especial, Eduardo Tagliaferro, disse ter conseguido informações sigilosas com a ajuda de um policial civil de São Paulo de sua “extrema confiança”, cuja identidade não foi revelada por ele.
Para Tarcísio, a aplicação de penalidades é a forma de conter novos vazamentos de informações. “É o que tem que ser feito. Há uma notícia de vazamento, de informação privilegiada, de acesso não autorizado a sistema, ou seja, não oficial. E o que tem que ser feito é abrir investigação, apurar, verificar as responsabilidades e aplicar as penas devidas. Ser duro na aplicação de penalidades a quem infringiu normas de condutas”, afirmou o governador.
Por meio de nota, a Polícia Civil confirmou a instauração do inquérito. “A Polícia Civil instaurou um procedimento na Corregedoria da instituição para apurar eventual envolvimento de um policial civil no vazamento de informações citado pela reportagem. O policial militar citado encontra-se regularmente afastado para exercer cargo em comissão junto ao STF”, diz o documento.
Na quarta-feira (14), Moraes se pronunciou sobre o suposto uso informal do TSE em investigações do STF. Segundo o ministro, a solicitação de relatórios ao órgão de combate à desinformação do TSE era o “caminho mais eficiente para a investigação”, já que “naquele momento a Polícia Federal pouco colaborava”.
“Nenhuma das matérias preocupa meu gabinete. Todos os procedimentos foram realizados no âmbito de inquéritos já existentes”, disse o magistrado. “E, obviamente, seria esquizofrênico eu, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, me auto-oficiar”, concluiu Moraes.
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