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O pior de 2017

Artigo escrito por Roberto Lima Filho

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No ranking das piores coisas do ano de 2017, nada se compara às injustiças e aberrações cometidas pelo Supremo Tribunal Federal. Seus integrantes estão na linha de frente do que tivemos de pior no ano que está se findando.  Tão diferentes dos magistrados que compõem a supremas cortes americana e dos países europeus. Esses sim, na sua imensa maioria, são ilibados. Discretos. Sóbrios. Cônscios. Quase nunca aparecem na imprensa. Ficam fora, milhas distantes dos holofotes por conta das seríssimas responsabilidades que a função lhes exige. Sábios em seus juízos, são admirados, mas pouquíssimos conhecidos. Tão diferentes das vedetes do nosso STF. Depois do advento da TV Justiça, seus integrantes assumiram o glamour de astros e estrelas da TV. Com a Lava-Jato, grande número de decisões altamente polêmicas e de repercussão internacional foram parar no Supremo, para alegria de nossos atores e atrizes de toga. Muitas emissoras comerciais e pagas, pelo enorme interesse nos julgamentos, passaram a exibir por várias horas e em horário nobre, os pareceres dos deslumbrados juízes. A partir daí, com certeza, a vaidade dos integrantes alcançou padrão inaceitável e vergonhoso para toda nossa sociedade.  Indicados que são por presidentes da República, sempre vai pairar um quê de desconfiança sobre suas sentenças. É do jogo, quando não é a meritocracia que se impõe. Porém, a atual composição do STF tem uma unanimidade quando a questão é antipatia e desagrado (tanto da população quanto de seus pares). Seu nome, Gilmar Mendes. O nível de rejeição e excrecência de sua figura bate recordes. Suas decisões são aviltantes, até mesmo para a imensa maioria leiga da população. A imprensa desmascara suas sentenças favoráveis aos bandidos de colarinho branco dando nome e sobrenome de seus afetos, compadres e pessoas próximas de seus relacionamentos pessoais e comerciais. Na sua empáfia irritante, tripudia com o poder que lhe foi outorgado sem concurso, sem mérito, sem merecimento. Uma injustiça suprema. Seus atos são reincidentes. Solta bandidos à seu bel prazer. Com sua caneta, o intragável libera bandidos contumazes, cancela decisões de juízes, afronta o país. O triunfo da justiça no Brasil está em mãos perigosas, parciais e que sacrificam a dignidade do povo. Mãos e mentes raivosas, prevaricadoras. O Supremo Tribunal Federal virou um palco de atos tristes e desoladores. Gilmar Mendes é o protagonista dessa série de escândalos que pode por fim não só a Lava Jato, mas pode derrotar nosso moral, autoestima e esperança de um futuro melhor, de um país mais sério e justo. Gilmar Mendes é a representação da vaidade e da vergonha, e de uma Justiça manca, míope e anêmica. Gilmar Mendes foi o pior do Brasil em 2017.

Dr. Roberto Lima Filho

Doutor em Ortodontia pela UFRJ

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