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Obra para captação de água do rio Grande deve começar em cinco anos

O projeto final será entregue pela Estática Engenharia de Projetos no final de Fevereiro do ano que vem

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Projeto que prevê captação de água do rio Grande fica pronto em fevereiro e deve começar a ser construído em cinco anos. A previsão é da engenheira Ceci Kuncevicius Bueno de Caprio, Gerente de Planejamento, Projetos e Obras do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) de Rio Preto. Segundo ela, o racionamento de água imposto pelo Semae não acelerou a proposta de trazer água do rio Grande antes do previsto. Mas ela admite que o sistema de captação de água no território do município está no limite. “Hoje ele ainda é racional, mas daqui para frente não será mais”, diz. Qualquer fator que altere a normalidade impacta o sistema. A prova foi a necessidade da imposição do racionamento por causa do impacto da seca dos últimos meses. A proposta inicial, prevista no anteprojeto apresentado no gabinete do prefeito, que previa a captação e retirada da água do lago da Usina de Marimbondo, foi revisto.

O projeto final, que será entregue pela Estática Engenharia de Projetos no final de Fevereiro do ano que vem, prece a captação algo em torno de mil metros abaixo da barragem da usina, no leito do rio Grande. A engenheira disse que não haverá problema em caso de seca prolongada e diminuição da vazão do rio. A captação prevista está garantida no volume d’água obrigatório que a Usina tem que liberar na barragem. O projeto da Estática custou R$ 11.616.063,85 e a verba foi conseguida pelo então deputado federal Edinho Araújo. O dinheiro demorou para ser liberado. Ele prevê uma estação de captação no leito do rio Grande e um complexo para abrigar cinco bombas de recalque na margem paulista. Quatro bombas serão utilizadas para impulsionar a água nos aproximadamente 50 quilômetros entre o rio e Rio Preto.

A água será trazida por dutos para uma grande estação de tratamento na marginal da rodovia BR-153 na frente do Distrito Industrial Carlos Arnaldo e distribuída para a cidade. O custo final da Obra está previsto em R$ 846.340.248,95 e será construído em duas etapas. A primeira vai consumir R$ 773.438.526,78 e a segunda, R$ 72.901.722,17. Na primeira etapa serão retirados 1,5 metros cúbicos por segundo (mil e quinhentos litros) e na segunda etapa, 3 metros cúbicos (três mil litros) por segundo. Na primeira etapa, entram em funcionamento três bombas de recalque. Na segunda, uma quarta. A quinta bomba é uma reserva para substituir equipamento danificado. Neste momento, os técnicos do Semae fazem o levantamento para definir quais regiões serão desapropriadas e quais os trechos que será usada faixa de servidão (da BR 153).

Nas áreas privadas, o projeto prevê percorrer a faixa “non aedificandi”. Essa área é uma reserva obrigatória, de 15 metros, que as propriedades que fazem divisa com a rodovia são obrigadas a manter sem qualquer tipo de edificação. Caso não haja prejuízo financeiro à propriedade, o município não precisa pagar para utilizá-la. Terá que pagar aos municípios por onde passarão os dutos pela chamada “taxa de servidão”. Não há estudo sobre o impacto desse valor na tarifa final de água. Segundo Ceci de Caprio, existe um estudo para que a obra seja cem por cento viabilizada com dinheiro do município, sem financiamentos ou outras fontes de recursos.

A previsão é que comece a ser construída daqui a cinco anos. O sistema de captação existente hoje é lastreado no Aquífero Guarani, que começa a partir de mil metros de profundidade. São 9 poços profundos que fazem a captação. Outros 380 pertencem ao sistema Bauru, até 200 metros de profundidade. Vinte e cinco por cento da água distribuída é de captação superficial, da represa do rio Preto. Essa estrutura está no limite. A captação do rio Grande resolve o problema de abastecimento definitivamente. Rio Preto se debate com a captação e a distribuição de água desde as primeiras décadas do século 20. O primeiro sistema instalado na cidade foi feito pela iniciativa privada

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