Cidades
Rillo registra boletim de ocorrência por ameaça contra presidente da Câmara
Em vídeo, o vereador do PSOL chamou o colega de Legislativo de “imaturo, irresponsável e perigoso”

O vereador rio-pretense João Paulo Rillo (PSOL) registrou na noite desta terça-feira (11) um boletim de ocorrência por ameaça contra o presidente da Câmara, Luciano de Oliveira Julião (PL). De acordo com informações do registro policial e o próprio vereador, os colegas de bancada Alexandre Montenegro e Marcia Caldas (ambos PL) e assessores, testemunharam os fatos. A confusão toda aconteceu por causa de um projeto que previa o aumento do tempo das sessões, que acabou rejeitado em plenário.
Rillo relatou na Central de Flagrantes “que estava na garagem da Câmara Municipal, momento em que sentiu a presença de uma pessoa logo atrás dele, o seguindo. Ao aproximar-se do carro, o vereador Luciano Julião o alcançou e, muito irritado e nervoso, apontou o dedo indicador em riste na cara dele e disse ‘não vou admitir que me chame de moleque na tribuna'”.
Respondeu com perguntas como “por que você não falou lá na sessão? Você vem aqui me intimidar?”. Acrescentou que “o vereador Alexandre Montenegro e a vereadora Márcia Caldas e assessores legislativos presenciaram as ameaças proferidas pelo colega do Legislativo. Em razão do exercício de vereança e em atividade na Câmara de vereadores por força de possuir imunidade parlamentar, diante da intimidação contra ele provocada, teme pela própria integridade física e por algum mal injusto”.
Vídeo nas redes sociais
Mais tarde, João Paulo Rillo postou um vídeo nas redes sociais, onde deu mais detalhes do ocorrido. Em frente ao prédio da Polícia Civil, ele disse:
“Estou aqui no plantão policial, saí da sessão e vim registrar um boletim de ocorrência contra o presidente da Câmara por intimidação. Hoje [terça] nós discutimos um projeto que estendia o horário da sessão porque ela está ficando curta. Aumentou o número de vereadores, aumentou o salário dos vereadores e lamentavelmente o projeto foi rejeitado depois de um acordo feito. E o projeto era de autoria do próprio presidente da câmara. Eu fiz uma fala muito forte contra essa posição deles, achei absurda um desrespeito com a população você se recusar a trabalhar duas horas a mais na semana”, frisou.
“E o presidente da Câmara, que não falou nada durante o debate acalorado em plenário foi me intimidar na garagem, na saída. Ele foi até a mim, estava indo para o meu carro. Com o dedo em riste, apontou o dedo na minha cara e disse que não admitiria mais que eu o chamasse de ‘moleque’ na tribuna da Câmara. Aí nesse momento outros vereadores escutaram, entraram entre nós e eu por bem resolvi fazer um boletim de ocorrência porque não é possível você conviver num parlamento que você fala alguma coisa na tribuna e um outro vereador vai te intimidar na garagem”. destacou.
Ele encerrou a gravação afirmando que “é absurdo, lamentável uma postura imatura, irresponsável e perigosa por parte do presidente da Câmara. Por isso vim registrar um boletim de ocorrência contra ele para que isso não aconteça mais”.
Ainda no documento da Polícia Civil, conta que Rillo declarou “haver câmera de monitoramento de segurança local e que em momento oportuno apresentará as imagens”. A vítima foi orientada quanto ao prazo de seis meses que tem direito a entrar com processo criminal contra o envolvido e a documentação terminou encaminhada ao distrito policial correspondente a área dos fatos, onde o caso será investigado.
A reportagem da Gazeta de Rio Preto tenta contato com o presidente da Câmara de Rio Preto, Luciano de Oliveira Julião para que ele possa comentar o assunto. (Colaborou Bia Menegildo)
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