Cidades
Esquema de coleta ilegal de sangue de gatos é descoberto em Rio Preto e região
Animais eram usados em coletas clandestinas em condições insalubres

A Polícia Civil prendeu três pessoas após descobrir um esquema clandestino de coleta de sangue de gatos em Monte Alto, cidade a 120 km de Rio Preto. Entre os detidos está um estudante de veterinária, de 37 anos, morador de Bady Bassit. Segundo as investigações, o grupo pagava R$ 50 a tutores que permitissem a retirada do sangue dos animais, prática que ocorria sem supervisão profissional e em ambiente insalubre.
O caso veio à tona após a circulação de um anúncio nas redes sociais oferecendo pagamento a quem disponibilizasse seus gatos para o procedimento. Agentes da Guarda Civil Municipal de Monte Alto entraram em contato com o anunciante e foram direcionados a uma casa na Rua Marciano de Vasconcelos Nogueira, onde encontraram cinco pessoas, equipamentos veterinários e seis gatos desacordados. O local, conforme o boletim de ocorrência, não possuía registro para atuar como clínica.
Os animais foram resgatados e levados para atendimento veterinário. Um deles foi diagnosticado com o Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV), doença que compromete o sistema imunológico dos felinos e é comparada à Aids em humanos.
Três pessoas — o estudante de 37 anos, uma aposentada de 50 anos e uma empregada doméstica de 42 anos, todas de Monte Alto e Bady Bassit — foram presas em flagrante. Após audiência de custódia, apenas o estudante permaneceu detido. Outros dois homens, de 37 e 63 anos, de Bady Bassit e Rio Preto, também são investigados.
Os suspeitos alegaram que atuavam como prestadores de serviço para uma clínica veterinária de Rio Preto, responsável por manter um banco de sangue animal. O estudante afirmou à polícia que coordenava as coletas e recebia diária de R$ 300, enquanto os auxiliares ganhariam R$ 100.
Segundo a polícia, defesa do estudante declarou que a prática de coleta de sangue em animais “não é proibida por lei quando feita com finalidade terapêutica” e que não há provas de maus-tratos. Já a clínica citada no boletim afirmou que bancos de sangue veterinários são permitidos e não causam sofrimento aos doadores.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a investigação busca identificar se o material coletado era realmente enviado à clínica e se há outros envolvidos no esquema. Todos os suspeitos vão responder por crime de abuso contra animais, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98).
Leia, na íntegra, nota do banco de sangue veterinário Hemoser:
“Entendemos que a falta de informação a respeito de banco de sangue veterinario tenha causado impressão negativa. O que muitos não sabem é que o banco humano é diferente do banco veterinário, não é uma pratica ilegal, e muito menos causa qualquer maus-tratos aos doadores como podem ver nosso Instagram filmagens e fotos. Sugerimos que se informem a respeito das leis de coleta de sangue veterinaria antes de qualquer atitude midiática.
E que apoiem a doação de sangue”.
- Cidades1 dia
Tiroteio em Rio Preto deixa um morto após sequestro ligado a dívida
- Cidades1 dia
Presos suspeitos de ataque hacker que paralisou sistemas da Prefeitura
- Cidades1 dia
Pai e filho são presos em Rio Preto por envolvimento em homicídio na região
- Cidades20 horas
Óculos inteligentes Ray-Ban Meta chegam às Óticas Diniz Prime de Rio Preto