Política
Jean Dornelas é o terceiro investigado por crimes eleitorais
Cabos eleitorais que denunciaram suposta compra de votos foram levados pela PF para depor na manhã de quinta-feira (dia 17)

Dois cabos eleitorais que trabalharam na campanha do vereador eleito Jean Dornelas (PRB) foram conduzidos coercitivamente para depor na Polícia Federal de Rio Preto na manhã desta quinta-feira (dia 17). Os agentes também cumpriram mandados de busca e apresentação na casa deles, no Parque Cidadania, zona norte de Rio Preto. Com 6.759 votos, Dornelas foi eleito no dia 2 de outubro como o terceiro mais votado.
Identificados apenas como Matheus Felipe e Giovani, os dois são autores da denúncia de compra de votos contra Dornelas. Ao delegado da PF, Matheus disse que um assessor do então candidato exigia que todos os cabos eleitorais apresentassem uma lista com os nomes de pelo menos 50 eleitores contendo também dados pessoais, como o número do título, a seção eleitoral e a escola onde a pessoa vota.
Eles alegam ainda que Dornelas, que é advogado e especialista em direito do consumidor, orientou os outros cabos eleitorais a oferecerem assistência jurídica gratuita a eleitores em troca de votos. “Ele (Dornelas) pedia para encaminhar os eleitores ao Soprocon”, disse Matheus à imprensa logo depois de deixar a delegacia da PF. A Soprocon é uma associação criada e dirigida por Dornelas que, segundo o vereador eleito, presta apenas orientações gratuitas a cidadãos de baixa renda. “É um trabalho beneficente do qual me afastei para disputar a eleição”, disse Dornelas à Gazeta.
Ele nega que tenha comprado votos e afirma que as denúncias são fruto de uma vingança por parte dos dois cabos eleitorais. “Eu os demiti da campanha porque eram incompetentes e não faziam o trabalho direito. Depois de 20 dias de campanha, notei que eles não dariam certo na minha equipe e os dispensei. Paguei pelo trabalho deles. Tenho os recibos e o recolhimento dos devidos impostos”, afirma o vereador.
À imprensa, Matheus confirmou que as denúncias foram motivadas pelo rompimento do contrato de prestação de serviço. “Ele nos contratou para trabalhar por 45 dias e nos dispensou depois de 20, sem pagar a quebra (rescisão) do contrato”, afirmou.
Investigação
Os agentes da PF vão ouvir outros cabos eleitorais que trabalharam para Dornelas e analisar a documentação apreendida na casa de Matheus e Giovani. Caso sejam encontrados indícios de irregularidades, o vereador eleito vai responder na Justiça Eleitoral por compra de votos, podendo ter a diplomação cassada e ficar inelegível por oito anos. Caso contrário, a investigação será arquivada.
Justiça questiona contas de sete vereadores
A juíza da 312ª Zona Eleitoral, Maria Letícia Pozzi Buassi, determinou a análise prévia das despesas de campanha de sete vereadores eleitos em Rio Preto. A lista com os nomes será encaminhada ao promotor eleitoral Ary Hernandez após a elaboração de um parecer técnico sobre as irregularidades encontradas. A juíza decidiu que caso o parecer seja pela rejeição de contas, os candidatos terão 72 horas para se defender.
São questionados os gastos de Anderson Branco (PR), Celso Peixão (PSB), Francisco Júnior (DEM), José Carlos Marinho (PSB), Karina Caroline (PRB), Zé da Academia (DEM) e Renato Pupo (PSD).
Todos os envolvidos negam que tenha havido crimes eleitorais entre as irregularidades apontadas. Eles alegam que os apontamentos são referentes a ausência de documentos e erros materiais (na elaboração) em documentos e notas fiscais.
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