Saúde
Obstrução das artérias carótidas e o risco de derrame
Artigo escrito pelo Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel

A obstrução das artérias carótidas, segmento arterial localizado na região cervical, pode causar hipofluxo cerebral, resultando em sintomas neurológicos isquêmicos, tais como ataque isquêmico transitório e acidente vascular cerebral. Estima-se que aproximadamente 15% a 20% dos sintomas neurológicos ocorrem devido a presença de placas de ateroma na artéria carótida.
Assim como as demais doenças que acometem o sistema circulatório, a hipertensão arterial sistêmica, o diabetes mellitus, a obesidade, o sedentarismo, a alimentação inadequada, o tabagismo, a herança genética e a síndrome metabólica representam os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença aterosclerótica das artérias carótidas.
Na maioria das vezes, a obstrução das artérias carótidas não expressam sintomas perceptíveis ao paciente, impedindo-o de procurar auxílio médico precoce. Portanto, muitas pessoas apresentam depósitos de placas de colesterol nas artérias carótidas, porém desconhecem a sua existência. O perigo associado a doença aterosclerótica das artérias carótidas recai sobre o surgimento repentino de sintomas neurológicos, tais como, alterações motoras, sensitivas e da fala, que podem representar as primeiras manifestações clínicas da doença. Infelizmente, quanto maior o tempo de isquemia cerebral menor as chances de reverter o quadro isquêmico, e consequentemente maior a probabilidade de sequelas definitivas.
Além do comprometimento da função motora e da sensibilidade periférica, sintomas inespecíficos como tontura, desequilíbrio, vertigem, zumbido e alterações visuais também podem fazer parte do rol de sintomas e sinais clínicos associados a doença aterosclerótica das artérias carótidas.
Todo paciente a partir dos 50 anos deve realizar a investigação da saúde das suas artérias carótidas com o ultrassom Doppler vascular. O Cirurgião Vascular é o profissional habilitado a realizar o diagnóstico da obstrução carotídea e a oferecer o melhor tratamento individualizado ao paciente.
Atualmente, o tratamento cirúrgico das artérias carótidas incluem a cirurgia aberta, conhecida como endarterectomia de artéria carótida, e a cirurgia de angioplastia carotídea com colocação de stent vascular. Até o momento, o consenso americano aponta a endarterectomia como a opção de escolha no tratamento da doença aterosclerótica das artérias carótidas. Apesar de ser uma cirurgia aberta, a cicatriz cirúrgica é mínima e o aspecto estético é preservado.
Prof. Dr. Sthefano Atique Gabriel. Doutor em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialista nas áreas de Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular e coordenador do curso de Medicina da União das Faculdades dos Grandes Lagos (Unilago).
- Cidades22 horas
Morre a decoradora rio-pretense Célia Sestini
- Cidades1 dia
Explosão em churrasco fere cinco jovens na região de Rio Preto
- Cidades1 dia
Baep prende quadrilha de assaltantes a residências na região de Rio Preto
- Cidades1 dia
Homem é preso após roubo e ataque a caminhão dos Bombeiros em Rio Preto