Nacional

Bia Miranda e Gato Preto podem ser presos em operação contra jogos ilegais

Polícia Civil do Rio aponta movimentações suspeitas que somam mais de R$ 4 bilhões

Publicado há

2 meses

07/08/2025

Por

Da Redação

Reprodução/ Instagram

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou na manhã desta quinta-feira (7/8) a Operação Desfortuna, com o objetivo de desarticular uma rede de promoção ilegal de jogos de azar online e indícios de lavagem de dinheiro. Entre os 15 alvos da ação estão os influenciadores Bia Miranda, Gato Preto, Jenny Miranda (mãe de Bia) e outros nomes populares nas redes sociais.

A operação é conduzida pela DCOC-LD (Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro), com apoio do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD). As diligências ocorrem simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

De acordo com a investigação, os influenciadores usavam seus perfis digitais para divulgar o chamado “jogo do tigrinho”, plataforma de apostas proibida no Brasil. As postagens, segundo a polícia, continham promessas enganosas de lucros rápidos, com o objetivo de atrair seguidores para participar do esquema.

As autoridades apontam que há fortes indícios de enriquecimento incompatível com as rendas declaradas pelos investigados, que ostentavam estilos de vida luxuosos nas redes sociais — com viagens internacionais, carros de alto padrão e imóveis milionários. Relatórios do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificaram movimentações bancárias suspeitas que, somadas, ultrapassam R$ 4 bilhões.

Além de promoverem jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com funções bem definidas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. O esquema seria utilizado para ocultar a origem ilícita dos recursos, caracterizando o crime de lavagem de dinheiro.

A Polícia Civil também identificou conexões entre alguns dos envolvidos e pessoas com antecedentes ligados ao crime organizado, o que eleva a gravidade do caso e amplia o escopo da investigação.

Até o momento, os citados não se manifestaram publicamente sobre as acusações. A CNN informou que está tentando contato com as defesas dos investigados.