Política
Em Rio Preto, Derrite descarta relação de metanol com o PCC
Ainda de acordo com o secretário, está sendo criada campanha de publicidade para orientar bares e restaurantes a descartarem bebidas de procedência duvidosa

O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, negou, nesta quarta-feira (8), que a crise envolvendo bebidas adulteradas com metanol tenha qualquer relação com o crime organizado. A declaração foi dada durante visita a Rio Preto, onde o titular da pasta ressaltou que as investigações em andamento não apontam vínculo entre os responsáveis pelos casos e facções criminosas.
“Temos, só em 2025, 41 presos por crimes de adulteração de bebidas, e nenhum deles é faccionado. Não há indício ou comprovação de participação do crime organizado. Tudo indica que esses crimes são praticados por grupos isolados que atuam há décadas no país”, afirmou Derrite.
Segundo o secretário, o governo paulista montou um gabinete de pronta resposta, coordenado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), para enfrentar o problema. O grupo reúne órgãos de fiscalização e segurança, como a Vigilância Sanitária Municipal e Estadual, a Polícia Civil, a Polícia Técnico-Científica e o Procon. O objetivo é intensificar operações conjuntas e impedir a distribuição de produtos clandestinos.
Derrite destacou ainda que uma força-tarefa da Polícia Técnico-Científica está analisando materiais apreendidos e que, recentemente, a Polícia Civil desarticulou uma adega clandestina em Americana, onde duas pessoas foram presas. Ele lamentou que os suspeitos tenham sido soltos em audiência de custódia, mas garantiu que as ações continuam em todo o Estado.
De acordo com o secretário, a Polícia Civil também identificou um ponto logístico em São Paulo que distribuía garrafas vazias para locais de envasamento ilegal. “Foram mais de 100 mil garrafas apreendidas. A Polícia Civil já pediu autorização judicial para destruí-las. Quando destruirmos esse material, dificultaremos a logística dos criminosos e encareceremos o custo do crime”, explicou.
Uma das linhas de investigação aponta que o problema pode ter origem no uso de etanol de baixa qualidade, possivelmente contaminado, adquirido irregularmente em postos de combustível. Para evitar novas contaminações, o governo estadual pretende lançar uma campanha de orientação voltada a bares e restaurantes.
“Hoje está acontecendo uma reunião com a Associação de Bares e Restaurantes. A ideia é criar uma campanha publicitária para que estabelecimentos que tenham bebidas de procedência duvidosa façam o descarte de forma segura, protegendo a população”, disse Derrite.
O secretário reforçou que a Secretaria de Segurança Pública segue “empenhada, atenta e trabalhando sob a liderança do governador Tarcísio de Freitas” no combate à adulteração de bebidas e na prevenção de novos casos de intoxicação.
Durante a passagem por Rio Preto, Derrite entregou 55 viaturas para a Polícia Militar e outras cinco para a Polícia Civil.
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