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Sesc Rio Preto traz o monólogo ‘Vírgínia’ com a atriz Cláudia Abreu

A peça será apresentada em duas sessões nos dias 9 e 10 de março no teatro do Sesc Rio Preto

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Virgínia, solo interpretado pela atriz Cláudia Abreu, fica em cartaz no Teatro do Sesc Rio Preto nos dias 9 e 10 de março, com sessão às 21h. A venda de ingressos inicia no dia 28, terça, às 14h no portal sescsp.org.br/riopreto ou no aplicativo Sesc SP e a partir das 17h do dia 1º, quarta, presencialmente nas bilheterias das unidades do Sesc SP.

Os valores dos ingressos variam entre R$ 10,00 (credencial plena) e R$ 30,00 (inteira). O Sesc Rio Preto funciona de terça a sexta, das 13h às 22h. Sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h.  

No auge de seus 35 anos de carreira, a atriz Cláudia Abreu escreve seu primeiro monólogo inspirado na vida e na obra de Virginia Woolf, escritora inglesa que se tornou uma das grandes vozes femininas da literatura mundial.

O espetáculo traz os últimos momentos da escritora e no palco, a atriz rememora marcantes acontecimentos da vida de Virgínia, sua paixão pelo conhecimento, os momentos felizes com queridos amigos, além de revelar seus afetos, suas dores e seu processo criativo. 

A estrutura dramatúrgica tem como apoio uma das principais características da escritora inglesa, a alternância entre os fluxos de consciência, técnica literária em que se procura reproduzir o complexo processo de pensamento de um personagem, intercalando raciocínio lógico e impressões pessoais. É dessa forma que no palco, Cláudia dá vida a essas inúmeras vozes que habitavam a mente da escritora, uma alternância entre o real e o fictício.  

A relação de Cláudia Abreu com a literatura de Virgínia Woolf começou quando a atriz tinha dezoito anos e atuou em “Orlando”, romance da escritora que foi adaptado pela encenadora Bia Lessa, também responsável pela concepção visual do solo “Virgínia”. O reencontro com a autora inglesa se deu quando Cláudia começou a se aventurar no universo da escrita e decidiu investigar mais sobre histórias que trouxessem uma fluência no tempo coexistente, onde as personagens passeassem pelas várias fases da vida e que dialogassem com elas mesmas no passado, assim como no futuro. Deste modo, Virgínia Woolf revolucionou o trabalho de Cláudia Abreu.  

A peça, além de trazer um recorte sobre a vida e obra da escritora inglesa, aproxima o público das questões sobre a violência contra a mulher, um tema presente na escrita de Virgínia e extremamente atual em nossa sociedade. Quando jovem, a escritora inglesa não teve acesso formal à escolarização, sendo alfabetizada em casa, sofreu abusos de seu irmão mais velho além de outras tragédias.  

O monólogo conta com a direção de um dos mais importantes diretores do país, Amir Haddad, criador do grupo “Tá na Rua” (1980), ganhador de dezenas de prêmios e reconhecido pela habilidade de transitar entre o teatro tradicional e popular, tornando-se conhecido internacionalmente em festivais pelo mundo. Bia Lessa também compõe a ficha técnica do espetáculo atuando na concepção visual e iluminação do solo. Recentemente a encenadora concebeu e dirigiu os premiados espetáculos “Grande Sertão Veredas”, “Macunaíma”, e “PI-Panorâmica insana”. Ao longo de sua carreira já assinou dezenas de peças teatrais, óperas, shows, exposições de arte, livros e até mesmo desfiles de moda.  

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