Rio Preto encerra 2025 com mais de 52 mil casos de dengue e 40 mortes

Rio Preto está terminando o ano de 2025 com mais de 52 mil casos confirmados de dengue e 40 mortes provocadas pela doença. A cidade enfrentou uma epidemia nos primeiros meses do ano, concentrando a maior parte dos óbitos entre janeiro e maio, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com o boletim epidemiológico, janeiro foi o mês mais crítico, com 19.881 casos confirmados e 18 mortes. Em fevereiro, apesar de leve redução, os números permaneceram elevados: foram 13.226 casos e 11 óbitos. Em março, houve nova queda, com 7.755 confirmações e oito mortes, seguida por abril, que registrou 4.029 casos e um óbito.

Maio foi o último mês com mortes por dengue em 2025, com dois óbitos e 2.789 casos confirmados. A partir de junho, os registros passaram a cair de forma mais consistente e não houve mais mortes associadas à doença. Naquele mês, foram contabilizados 984 casos. Em julho, houve 542 confirmações e, em agosto — o mês com menor incidência no ano —, 526 casos.

Nos meses seguintes, os números voltaram a subir de forma gradual: setembro registrou 796 casos, outubro 843 e novembro 619. Entre 1º e 20 de dezembro, foram confirmados 27 casos de dengue no município.

Ainda segundo a Secretaria de Saúde, Rio Preto contabilizou ao longo do ano 68.710 notificações da doença, das quais 16.099 foram descartadas. Atualmente, 594 casos seguem aguardando resultado de exames. Do total de casos confirmados em 2026, 50.559 foram classificados como dengue sem sinais de gravidade, 1.357 apresentaram sinais de alerta e 101 foram considerados casos graves.

O mapeamento por área de abrangência aponta que 6.696 casos não tiveram identificação de bairro. Entre os bairros com maior número de confirmações estão o Estoril, com 3.717 casos, o Parque Industrial, com 3.125, e o Santo Antônio, com 2.712. Já entre as regiões com menor incidência aparecem o bairro Fraternidade, com 334 casos, o Cidadania, com 422, e o distrito de Talhado, com 485 confirmações.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que mantém monitoramento contínuo da dengue, com análise permanente dos dados epidemiológicos para orientar ações de prevenção e controle. Segundo a pasta, o município realiza de forma constante o controle de criadouros do Aedes aegypti, nebulização costal, mutirões de combate à dengue aos sábados e ações educativas. Apenas no mês de novembro, mais de 170 atividades de educação em saúde foram promovidas em diferentes regiões da cidade.

A secretaria destacou ainda a instalação de quase 6 mil Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs) no município, além da busca por novas tecnologias em parceria com o Ministério da Saúde e a Fiocruz. Para o próximo período de sazonalidade, o planejamento prevê acompanhamento permanente do cenário epidemiológico e a possibilidade de implantação de estruturas complementares, como centros de hidratação, conforme a evolução dos casos.

Nos bairros com maior incidência — Estoril, Parque Industrial e Santo Antônio —, a prefeitura informou que foram realizados mutirões com milhares de visitas domiciliares, além de ações intensificadas de controle de criadouros e nebulização, com o objetivo de reduzir a transmissão da doença.