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Ocorrências com escorpião aumentam 32% em Rio Preto e região em 2025

Crianças e adolescentes de até 14 anos representam dois terços das vítimas

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O número de acidentes com escorpiões continua em crescimento na região de Rio Preto e acende um alerta entre as autoridades de saúde. Segundo dados do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) da Funfarme, de janeiro até 8 de outubro deste ano, 396 pessoas foram picadas por escorpiões, um aumento de 32% em relação ao mesmo período de 2024, quando haviam sido registradas 300 ocorrências.

Os números revelam ainda que crianças entre 0 e 14 anos representam 66,6% das vítimas, o que reforça a necessidade de atenção redobrada em ambientes domésticos, especialmente em locais com acúmulo de entulho, lixo e frestas — habitat comum desses aracnídeos.

No total, o NHE contabiliza 551 notificações de acidentes com animais peçonhentos em 2025, contra 420 no ano passado, mostrando uma tendência de alta também em casos envolvendo cobras e aranhas.

O Hospital de Base de Rio Preto atende pacientes de mais de 100 municípios do Noroeste Paulista e concentra a maior parte dos casos graves de envenenamento. Com o aumento das ocorrências, o município ampliou os pontos de atendimento para picadas de escorpião: além do HB, as Upas Jaguaré e Norte também estão habilitadas para aplicar o soro antiescorpiônico, necessário em cerca de 10% dos casos, segundo especialistas.

A médica Maria Lúcia Machado Salomão, coordenadora do NHE, destaca que os acidentes com escorpiões deixaram de ser esporádicos e passaram a representar a maioria dos registros envolvendo animais peçonhentos. “A situação é preocupante e exige atualização constante dos profissionais de saúde, além de medidas de prevenção nos municípios”, afirmou.

Já o professor e toxicologista Carlos Alberto Caldeira Mendes reforça que o aumento das notificações exige diagnóstico rápido e tratamento padronizado: “O treinamento dos médicos é essencial para garantir atendimento seguro e eficaz. O uso do soro é indicado apenas nos casos graves, mas o manejo clínico correto é determinante para salvar vidas.”

Com o clima quente e seco favorecendo a proliferação dos escorpiões, a orientação das autoridades é manter quintais e áreas externas limpas, vedar ralos e frestas, e redobrar a vigilância — especialmente em residências com crianças.

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