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Confira os bastidores da política desta sexta-feira, dia 16 de maio

Jornalista Bia Menegildo traz as principais notícias do poder regional

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Oi, sumido

Com o laudo do Instituto de Criminalística apontando que o vice-prefeito Fábio Marcondes (PL) disse “paca véa” em vez de “macaco velho” ao segurança do Palmeiras, em fevereiro, a reaproximação com o prefeito Fábio Candido (PL) é uma questão de tempo. Na época dos fatos, Marcondes foi exonerado do cargo de secretário de Obras, que continua vago até hoje, ocupado de forma interina por Nelson Guiotti.

Acharam a picanha

Marcondes vem tomando os espaços bem devagarinho e até está trabalhando para ajudar o prefeito na árdua missão de agradar aos vereadores. Na última terça-feira (13), após a sessão, boa parte dos parlamentares foi convidada para um churrasco na cobertura do vice-prefeito. Na pauta, a reaproximação do prefeito com os vereadores. De sobremesa, um pedido de desculpas e uma promessa de mudança de postura.

Sem almoço grátis

O interesse em aprovar as Parcerias Público-Privadas (PPPs) é de ambos os Fábios. O Candido, já anunciou aos quatro cantos que pretende cinco PPPs, entre elas, viabilização da Smart City e iluminação de LED. A articulação envolvendo Marcondes é para ajudar na aprovação do texto. No entanto, Candido quer empurrar goela abaixo, enquanto os vereadores querem avaliações separadamente.

Churrasco com climão

Apesar do clima amistoso, vereadores insistem que, ao menos, devem ser aprovadas as emendas de Paulo Pauléra (Progressistas). O decano da Câmara apresentou proposta para obrigar o Executivo a enviar cada uma das PPPs para votação, além de outra que exige realização de audiência pública antes da votação de cada proposta. “A gente pode até dar o voto de confiança ao atual prefeito, mas e um próximo?”, afirmou um vereador da base.

Condenação homotransfobia

Outro assunto tratado durante o jantar foi a quase nomeação do vereador Anderson Branco (Novo) ao cargo de secretário de Governo. O prefeito teria descartado o nome dele após a condenação na Justiça Federal a dois anos e três meses de reclusão em regime aberto por homotransfobia. Branco teria dito em tom de brincadeira, com fundo de verdade, que Jair Bolsonaro (PL) tem vários processos com o mesmo teor.

Pequenos ajustes

Voltando a um passado não muito distante, Branco foi cogitado para assumir o lugar de Dinho Alahmar. No entanto, após a condenação do vereador, Fábio Candido escolheu Dr. Tedeschi (PL) para assumir a Secretaria de Governo. Base aliada do prefeito, o vereador ainda não tinha assumido a pasta até esta quinta-feira (15) devido a um probleminha: ele até quer deixar a vereança, mas precisa encaixar um assessor e não estaria conseguindo.

A volta dos que não foram

Branco foi realmente descartado por Fábio Candido e não escondeu o descontentamento. Na sessão de terça-feira (13), o vereador usou a tribuna para demonstrar a infelicidade e prometeu ser independente a partir de agora. Membro do alto escalão da gestão anterior sorriu ao saber que o prefeito havia desistido de Branco: “Arrumou um inimigo mortal para o resto da vida”.

Salve-se quem puder

Escanteado pelo prefeito, Branco ganhou o apoio dos colegas. Entre eles, Jorge Menezes (PSD), que questionou publicamente: “E o Bottas?”, se referindo às condenações, em primeira e segunda instâncias, do secretário de Saúde, Rubem Bottas, por violência doméstica. Caso não consiga reverter as decisões, o médico e ex-militar vai ser obrigado a deixar o cargo – isso, claro, se não mudarem a lei até lá.

Reforços

Tedeschi já está oficialmente anunciado como futuro secretário da pasta responsável pela articulação do governo junto aos vereadores e já tem reforço. O advogado, apesar de novato, terá como fiel escudeiro o ex-vereador Dorival Lemes, já empossado. Se, por um lado, há parlamentar dizendo já estar cansado de ver a cara de Dorival, por outro, já quem comemore que vão acabar as moções que vão do nada para lugar nenhum.

Minirreforma

O prefeito Fábio Candido decidiu fazer a tão esperada reforma do secretariado em prestações. A princípio, três pastas passaram por mudança de comando. A chegada de Tedeschi na Secretaria de Governo empurrou Dinho Alahmar para a vereança. Na Secretaria de Comunicação, saiu Amália Paci e chegou Cláudia Lacerda. Na pasta de Bem-Estar Animal, saiu Tamires Afonso e chegou Amália Paci.

De Xuxa a paquita

A secretaria voltada para animais foi montada pelo ex-prefeito Edinho Araújo (MDB) e, logo de cara, foi comandada pela ex-vereadora Cláudia de Giuli (MDB). Apesar de passar por mudanças, a pasta continuou com aquela que era chamada de “Rainha dos Animais”. A chegada de Amália não foi bem recebida pelos defensores da causa. “Vai acabar com tudo o que foi feito de política pública até agora”, disseram alguns descontentes.

Barraco

A sessão desta quinta-feira (15) tinha na pauta a votação do parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) às contas de 2022, do ex-prefeito Edinho e terminou em barraco, discussão, gritaria e muita confusão, não só diante das câmeras, mas também nos bastidores. A começar pelo que aconteceu em plenário, que foi vergonhoso aos vereadores. Como se isso, por si só, já não bastasse, longe das câmeras, continuou.

Argumentações

Iniciada a discussão do projeto, Jean Dornelas (MDB) subiu à tribuna para defender Edinho. O vereador tem se mostrado um grande aliado do ex-prefeito e não tem esmorecido na árdua tarefa de manter o nome de Edinho em evidência. Do outro lado, João Paulo Rillo (PSOL) e Alexandre Montenegro (PL) defenderam contra o parecer, embora tenham apresentado argumentos diferentes.

Chama o VAR

Encerradas as falas, tudo corria perfeitamente bem até que Celso Peixão (MDB) resolveu mudar o assunto “rapidinho” e parabenizar Bruno Moura (PRD) pelo aniversário. Foi o suficiente para distrair os vereadores. Tudo aconteceu tão rápido que o presidente Luciano Julião (PL) e Rillo precisaram recorrer à transmissão ao vivo da TV Câmara para entender e acabaram por gerar mais confusão ainda.

Aos fatos

Na sequência cronológica, Peixão desvia o assunto e, quando volta, Julião declara encerrada a discussão. Paulo Pauléra (Progressistas), na condição de vice-presidente, inicia a chamada dos vereadores para a votação. Como ele era o primeiro da lista, naquela pressa típica dele, já chamou o próprio nome e declarou ser a favor. Em seguida, Pedro Roberto (Republicanos) pede o adiamento da votação. Aí desandou o negócio.

Atropelo

A verdade é que se perdeu o momento certo para pedir vista e, aí, começou a confusão. Julião saiu do plenário para atender ao telefone. Dizem que quem ligava era o chefe de gabinete, Rodrigo Carmona, que queria, a todo custo, adiar a votação. Dr. Tedeschi expôs publicamente que havia acordo para adiar a votação, antes mesmo de começar a sessão. Rillo gritou e esbravejou quando Julião decidiu tocar a sessão e continuar a votação.

Acabou

No final, Pedro Roberto puxou a fila, e 15 vereadores saíram com ele do plenário, forçando o presidente encerrar a sessão por falta de quórum. O governo conseguiu o que queria: adiar a votação – e ainda com o apoio de Pedro Roberto e Rillo. Já nos bastidores, os ânimos se alteraram. Renato Pupo (Avante) falou a Julião que, se o governo afundar, ele se afoga junto, e foi acusado pelo filho do presidente de ter feito uma ameaça.

Mudança de cena

De outro lado, Pauléra e Montenegro se engalfinharam em discussão. Enquanto o novato chamava Pauléra de “Maduro”, o decano colocou o mandato em jogo: “Se você provar que eu te chamei de fujão, eu renuncio ao mandato” (sic). Enquanto alguns se questionavam sobre os motivos de Pauléra insistir na votação, outros lembravam que o experiente vereador nunca traiu um ex-prefeito e não seria contra um parecer técnico do TCE.

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