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Rio Preto participa de pesquisa inédita sobre dengue

O projeto será coordenado pelo Laboratório de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp); Dois mil moradores do bairro Vila Toninho serão convidados para serem voluntários da pesquisa

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Um estudo epidemiológico sobre a dengue será desenvolvido a partir deste mês por em Rio Preto. A pesquisa contará com a participação voluntária de pacientes, que serão acompanhados por cinco anos, para coleta de dados sólidos sobre a doença. As informações coletadas poderão contribuir até para o desenvolvimento de futuras vacinas contra a dengue.

A pesquisa será coordenada pelo Laboratório de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), com apoio da Prefeitura de Rio Preto, por meio da Secretaria de Saúde. O investimento no projeto será de R$ 2 milhões, com recursos da Fapesp.

Também apoiam e participam do estudo a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Instituto de Biociências (UNESP-Botucatu), Departamentos de Microbiologia e Bioquímica e Imunologia (ICB-UFMG), Departamento de Genética (UFRJ), Mount Sinai School of Medicine (EUA), University of Texas Medical Branch (EUA) e University of Michigan (EUA).

O autor e coordenador do estudo, Maurício Lacerda Nogueira, detalha como foi feita a seleção de um bairro na cidade para iniciar as pesquisas. “Precisávamos de um local com uma grande população, um pouco mais isolado com unidades de saúdes. Notamos que a Vila Toninho atendia todas as nossas necessidades” disse.

 “E escolha do bairro Vila Toninho foi decisiva, pois temos estruturas de saúde no próprio bairro, como a Unidade de Pronto Atendimento e a Unidade Básica de Saúde. Então podemos concentrar os estudos aqui. Pois um morador deste localidade irá procurar a unidade de saúde local. Já em outros bairros as vezes um morador do bairro x recorre ao centro de saúde do bairro y, com isso perderíamos dados” explica a gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Andréia Negri Reis .

A primeira fase do estudo terá início nos próximos dias. “Nossas equipes percorrerão todas as casas do bairro a partir deste final de semana. Vamos convidar a população para serem voluntários da nossa pesquisa. Nossa meta é recrutar duas mil pessoas que passaram por uma bateria de exames e serão acompanhados nos próximos cinco anos” afirma Nogueira.

O coordenador também explica que as pesquisas que serão desenvolvidas nos próximos anos na cidade poderão contribuir com estudos, que já estão em andamentos, para possíveis vacinas contra a dengue.

“Hoje já existem estudos para o desenvolvimento de vacinas contra a dengue. Nossos dados poderão contribuir com as pesquisas e será possível saber se a eficácia compensará os custos da vacinas”.

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