Cidades
Rio Preto ganha programa de apadrinhamento solidário
Iniciativa social é voltada para meninos e meninas abrigados que, por razões diversas, o processo de adoção ainda não se deu e dificilmente vai acontecer pela idade
Rio Preto conta a partir de agora com um programa de apadrinhamento solidário de crianças e adolescentes. A iniciativa social é realizada pela Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social. O programa é voltado para meninos e meninas abrigados em instituições de acolhimento que, por razões diversas, o processo de adoção ainda não se deu e dificilmente vai acontecer. As crianças aptas a serem apadrinhadas têm, quase sempre, mais de 10 anos, o que resulta em chances remotas de adoção. Um dos principais objetivos é promover vínculos afetivos seguros e duradouros entre padrinhos e afilhados.
O apadrinhamento afetivo busca ainda propiciar laços afetivos, resgatando o direito da convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes, ampliando assim suas referências. É uma excelente oportunidade para os afilhados se relacionarem em outros ambientes por meio dos padrinhos e madrinhas, com novos exemplos de cidadania, além da inclusão social. O juiz da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, falou durante coletiva à imprensa no lançamento do programa, na manhã de quinta-feira (dia 18), sobre a importância de programas de inclusão social para as crianças e adolescentes.
“Percebemos que os acolhidos começam a ter outra visão, diferente. Não é só por causa do alimento ou encaminhamento à escola. Eles notam os valores familiares. Exatamente o que essas crianças e adolescentes perderam. Afinal, a grande totalidade das crianças ali têm pais, mas se perderam nas drogas. Então, perderam a referência de pai e mãe. Por isso, buscamos dar uma nova referência”, disse.
Mais de 130 crianças e adolescentes que estão no projeto Teia (Trabalho de Emancipação da Infância e Adolescência) podem ser apadrinhados. O promotor de Justiça da Infância e da Juventude de Rio Preto, André Luís de Souza, explicou as modalidades de apadrinhamento. “O programa tem como objetivo dar sonhos e futuros para os jovens, principalmente àqueles que estão na vulnerabilidade. Temos a modalidade de aporte financeiro, onde o candidato colaborará com suporte financeiro ou material, conforme a necessidade do apadrinhado. O outro tipo é o apadrinhamento solidário, estes irão ajudar as crianças e adolescentes que estão em processo de reintegração com suas famílias de origem. Os padrinhos podem ajudar também a família do menor”, explicou o promotor. O terceiro tipo de apadrinhamento é o prestador de serviço, voltado tanto para pessoa física quanto jurídica, onde o padrinho ou madrinha poderá ensinar um ofício. “Hoje são todos adolescentes, mas com o passar dos anos se tornarão adultos. Quando completarem 18 anos terão de deixar os projetos sociais. Precisamos prepará-los para a vida adulta, e como fazer isso? O apadrinhamento é uma alternativa. Fazer com que o adolescente tenha contato com trabalho, tenha uma perspectiva e assim quando fizer 18 anos irá para sociedade como homem formado, com uma referência familiar e uma boa estrutura tanto educacional quanto profissional”.
Como participar?
Os interessados devem comparecer a sede do Projeto Teia, que fica na rua Rubião Júnior, 2.055, no bairro Boa Vista. O candidato deve ter mais de 21 anos e não pode ter antecedentes criminais. Será exigido documentos pessoais e comprovante de residência. Pessoas que estão na fila de adoção não podem participar do programa. Após a apresentação de todos os documentos solicitados, o candidato passará por uma triagem na Vara da Infância e Juventude.
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