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Sessão com ‘pacotão’ de 84 vetos tem menos da metade dos itens rejeitados

Ao todo, os vereadores acataram 44 vetos e adiaram a votação de um deles

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Divulgação/TV Câmara

Os vereadores de Rio Preto rejeitaram 40 vetos do ‘pacotão’ analisado em duas sessões extraordinárias da Câmara, realizadas nesta quinta-feira (12). A pauta do dia era composta de 84 vetos, sendo 78 totais e seis parciais, além de um Projeto de Lei e um Projeto de Resolução, ambos da Mesa Diretora.

Os vetos são do Executivo a projetos que foram aprovados pelos vereadores em sessões passadas e tratam de temas variados como Educação e Saúde, entre outros. “Fizemos um pacotão para limpar a pauta antes do recesso. É uma forma de não deixar nenhum assunto sem ser discutido antes de mudar o mandato”, afirmou o presidente da Câmara Paulo Pauléra (Progressistas).

“Nós conversamos com os vereadores e decidimos, em acordo, a separar a votação. Na primeira parte, colocamos para votação aqueles vetos que seriam rejeitados e, na segunda parte, aqueles que seriam acatados”, esclareceu o presidente. Com isso, 40 vetos foram rejeitados e 43 acatados.

Apenas o veto parcial ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, teve votação adiada. O Executivo barrou várias emendas legislativas feitas à proposta, entre elas a que garante 1% do orçamento municipal para a Secretaria de Cultura, de João Paulo Rillo (PSOL).

Além dos vetos, os vereadores votaram e aprovaram o Projeto de Lei de autoria da Mesa Diretora que inclui um parágrafo único na legislação que dispõe sobre a forma de publicidade de proposituras e subproposituras que visem a promover alterações no zoneamento do Município, nos casos de regime de tramitação de urgência.

Segundo Pauléra, a mudança é para agilizar a votação de inclusões de área no perímetro urbano que chegam para análise em regime de urgência. “Nós estamos reduzindo o intervalo das publicações em Diário Oficial do Município para dar celeridade em votações de projetos que chegam, principalmente, em fim de mandato. Não temos tempo de esperar a tramitação porque já vai acabar o ano”, afirmou.

O outro item da Mesa Diretora, também aprovado, é o Projeto de Resolução que altera a estrutura organizacional do Poder Legislativo Municipal obrigando que os assistentes legislativos de gabinete tenham curso superior completo. A medida foi apresentada depois de diversos apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em análises de prestação de contas da Câmara.

Junto com o texto, foi aprovada uma emenda de Celso Peixão (MDB) que admite, de forma excepcional, a permanência no cargo daqueles servidores que atualmente estejam cursando a graduação. O servidor que se enquadrar nessa situação precisa apresentar declaração de matrícula atualizada até cinco dias após a resolução entrar em vigor. A emenda também estabelece prazo para que o servidor apresente diploma de conclusão de curso.

Confira a lista dos principais vetos rejeitados:

Anderson Branco (Novo): que proíbe a utilização de verba pública em eventos e serviços que promovam a sexualização de crianças e adolescentes;

Anderson Branco (Novo): que assegura à mulher cuja gestação termine em aborto ou em morte perinatal o direito a escolha de permanecer em acomodação distinta daquela onde estejam alojadas mães acompanhadas de bebês recém-nascidos nos hospitais;

Bruno Marinho (PRD): que permite a entrada de água potável para consumo em eventos públicos e particulares;

Bruno Marinho (PRD): que obriga a instalação de faixa elevada em frente as escolas e creches municipais e estaduais;

Bruno Moura (PRD): que inclui academias e qualquer outro estabelecimento no ramo de prática de atividade física no rol de atividades essenciais;

Bruno Moura (PRD): que institui Empreendedorismo, Educação Financeira, Noções de Direito e Cidadania como temas a serem abordados em escolas municipais;

Cláudia De Giuli (MDB): que proíbe impedir o fornecimento de alimentos e água a animais comunitários ou abandonados.

Francisco Júnior (União Brasil): que cria um sistema digital de acompanhamento de fila de espera para atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs);

Jean Charles (MDB): que cria a política municipal de atenção integral às pessoas com doenças raras e seus familiares;

João Paulo Rillo (PSOL): que obriga a presença de monitores de transporte escolar nos contratos de terceirização para prestação de serviços de transporte e condução de veículos escolares;

João Paulo Rillo (PSOL): que determina prazo de validade do Laudo Médico Pericial que atesta o Transtorno Espectro Autista (TEA);

Jorge Menezes (PSD): que obriga o fornecimento de material informativo sobre o combate à violência doméstica nas escolas da rede pública municipal;

Jorge Menezes (PSD): assegura o direito a acompanhante especializado para os alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas escolas públicas municipais;

Jorge Menezes (PSD): que proíbe manter animais acorrentados.

Cabo Júlio Donizete (PSD): que determina local e horário de funcionamento de entidades de tiro desportivo;

Karina Caroline (Podemos): que cria a faixa azul para motos em avenidas de grande fluxo de veículos;

Odélio Chaves (Podemos): que regulamenta o direito à moradia a pessoas vítimas de violência doméstica;

Paulo Pauléra (Progressistas): criação de vagas de estacionamento para Pessoa com Transtorno do Espectro Autista;

Paulo Pauléra (Progressistas): que restringe o tráfego de veículos pesados no Centro do Distrito de Engenheiro Schmitt;

Renato Pupo (Avante): que exige atestado de antecedentes criminais para a admissão em Instituições públicas ou privadas que desenvolvam atividades com crianças e adolescentes;

Professor Elso Drigo (PSOL): que altera o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável;

Douglas Sendem (PSOL): que determina a circulação dos projetos contemplados pelo Programa Nelson Seixas de Fomento à Produção Cultural nas escolas públicas;

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