Policiais do Baep encontram caminhão roubado, armas, munições e mais de R$ 60 mil

O crime aconteceu por volta das 22h20 da última quarta-feira, 17 de março. Segundo informações do boletim de ocorrência, policiais do Baep receberam a informação de que um caminhão carregado com óleo vegetal tinha perdido o sinal de rastreamento, o que poderia indicar roubo da carga. O veículo estava na rua Floresmilha Ferraz da Silva, atrás do condomínio Recanto do Lago, em São José do Rio Preto.

Os policiais se deslocaram até o endereço e lá encontraram um homem que se apresentou como Adilson, de 31 anos, que disse que era o motorista do caminhão. Também encontraram um homem de 39 anos, identificado como Alex, que seria o responsável pela empresa de rastreamento. O caminhão também estava no local, na porta de um barracão que estava fechado, porém a carreta estava na frente do imóvel e as rodas do lado direito encravadas no terreno.

Questionado, Adilson disse que teria sido sequestrado por desconhecidos, em um posto de combustíveis na rodovia Washington Luis, quando parou para utilizar o banheiro. Ele disse que pegou a carga em Rondonópolis, no Mato Grosso e seguia para o Rio de Janeiro. Segundo ele, os criminosos o deixaram próximo à Represa Municipal e um desconhecido teria dado carona até o local onde estava o caminhão, não sabendo explicar como a pessoa sabia do paradeiro do veículo.

Os policiais suspeitaram da história, olharam imagens de câmeras de segurança de imóveis vizinhos e descobriam que Adilson teria chegado naquele local, junto com um outro homem, identificado como Rafael, de 27 anos. Isso fez com que a polícia descobrisse que a história do sequestro era falsa.

Nas imagens também foi possível ver que um carro Fiat Punto tinha chegado junto com o caminhão, com mais três pessoas. Também pelas imagens, os policiais viram uma empilhadeira retirar dois paletes do caminhão e levar para dentro do barracão, mas em seguida a empilhadeira voltou com os paletes para o veículo.

Rafael estava num veículo Gol e seria o responsável pela locação do barracão. Eles pagariam R$ 1 mil por dia para deixar a carga no local. Quem alugou o imóvel foram dois irmãos, Marcelo e Márcio.

Marcelo, dono do barracão, ficou sabendo da presença de viaturas policiais no local e foi até lá ver o que estava acontecendo. Ele disse que teria locado o lugar para Rafael, que já tinha deixado o local, mas ficou sem combustível e foi localizado pelos policiais. Marcelo foi informado pelos policiais que o local seria alugado para abrigar uma carga roubada. Ele disse aos PMs que ao pedir a nota fiscal para Adilson e Rafael, eles não apresentaram e por isso Marcelo tinha pedido que retornassem a carga ao caminhão.

Na casa de Marcelo os policiais encontraram uma arma 9mm com 12 munições. Marcelo disse que tinha pago pela arma R$ 6 mil e que ela seria para a própria proteção, porém não apresentou nenhuma documentação dela. Já no barracão, dentro do cofre, os PMs localizaram R$ 34.840 em dinheiro, um cheque de R$ 29.650 além de 25 munições calibre 9mm e 64 munições calibre .45 intactas e duas deflagradas. Sobre o dinheiro, Marcelo disse que era resultado do trabalho dele, mas não apresentou nenhum comprovante disso.

Foi feito contato com a empresa de rastreamento e posteriormente com a empresa vítima. Um motorista foi enviado para conduzir o veículo. A carga está avaliada em mais de R$ 209 mil reais.

Márcio foi ouvido e liberado, porque a polícia entendeu que ele não tem envolvimento no desvio da carga. Marcelo vai responder por posse irregular de arma de fogo. Foi arbitrada uma fiança de R$ 2 mil, mas não foi paga. Adilson e Rafael também foram indiciados. Marcelo, Adilson e Rafael estão à disposição da justiça.