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Júri de réu acusado de matar enteado queimado é suspenso em Rio Preto

Advogado de defesa do réu deixou o plenário, alegando ter sido intimidado por um amigo da vítima que acompanhava a sessão

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Arquivo pessoal/ Polícia Civil/ montagem Gazeta de Rio Preto

O julgamento de José Ediberto Timóteo da Silva, acusado de assassinar o enteado Hiago Fiuza carbonizado em 2022, foi interrompido nesta terça-feira (21/10) no Fórum de Rio Preto. A juíza Beatriz Mariani decidiu suspender a sessão depois que o advogado de defesa, Diego Carretero, comunicou ter sido alvo de intimidação por uma pessoa presente entre o público.

Carretero, que atuava pelo convênio da Defensoria Pública, afirmou que o homem — supostamente amigo da vítima — o encarava de forma ameaçadora, o que o levou a abandonar o caso em meio à sessão. O profissional pediu a identificação do indivíduo e informou que registrará boletim de ocorrência.

A suspensão ocorreu após momentos de forte emoção no plenário. A mãe da vítima, Raquel Fiuza, foi a primeira a depor, mas passou mal e desmaiou durante o testemunho, sendo amparada pelos servidores e dispensada pela magistrada. O réu foi retirado sob escolta da Polícia Militar enquanto a testemunha era socorrida.

Com o abandono da defesa, a juíza determinou a devolução do processo à Vara do Júri, que deverá remarcar o julgamento. A advogada Claudionora Tobias, que representa a família da vítima como assistente de acusação, lamentou o adiamento e afirmou que a família aguarda por justiça desde o crime, descrito como brutal e doloroso.

José Ediberto foi preso no interior do Ceará em 2023, após quase um ano foragido. Segundo a investigação, ele teria trancado o quarto de Hiago, de 22 anos, antes de incendiar o cômodo. O jovem, que dormia no momento do ataque, morreu carbonizado. O caso chocou Rio Preto pela crueldade e segue sem desfecho judicial definitivo.

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